quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Bilhete íntimo.

"Seria a vida controlada pelo destino ou é simplesmente uma série de eventos aleatórios?"

Acordei com essa dúvida.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Espaço-tempo.

Se não me engano foi o Einstein quem disse que essa distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão persistente..
É interessante pensar nisso. Na idéia de que não existe um passado, saindo do princípio de que tudo é um hoje, o presente. Como se o espaço do tempo fosse dividido somente em presente e futuro. "Futuro" seria o que você ainda não vivenciou, enquanto que o "presente" seria uma fusão do presente e do passado.
Por exemplo: se você deixar um maço de cigarros em cima de uma mesa e for dormir, amanhã ele ainda estará em cima dessa mesa. Caso não durma, verá o maço continuar a ficar em cima da mesa.

Faz sentido, vai (:

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Devaneios.

Um dia desses estava pensando: cresci e emburreci? Talvez.
Ainda tenho mudado bastante, o tempo todo para falar a verdade, porém acho que deixei de acreditar em muitas coisas. A chamada intelectualidade, por exemplo. Ou tornei-me absurdamente arrogante a ponto de achar extremamente difícil encontrar quem possa me ensinar algo realmente valioso, a não ser minhas próprias experiências? Talvez.
Ao menos, todas as minhas mudanças recentes foram devido a experiências, não a leituras. Antigamente era ao contrário. Provavelmente antes eu fosse muito teórica e pouco prática. [Isso quer dizer que sou prática atualmente? Hahah..] Outra possibilidade que eu não posso descartar é a de estar afogada num niilismo há algum tempo. Até que faz sentido, pois parece que o tempo todo tento fugir de algo, fugir da realidade. Geralmente ela é tão bobinha.. "A vida só pode ser vivida inventada", já dizia Lispector. Será? Esse meu escapismo é o hedonismo, total e completo, mascarado por algumas frases, e até ações. Pelo menos tento ser livre, como tento também dizer "não".
Não sou alienada, hoje é quase impossível ser alienado de verdade, informação todos recebem a cada segundo. Analisar é o que poucos sabem [seriam alienados funcionais?]. E eu sei analisar as informações que recebo, ainda sei, acho que sempre saberei. Logo, não consigo me alienar. Mas ainda posso fugir. Tentar, pelo menos. Fugir de tudo, de mim mesma. Dessas sensações superficialmente profundas. [É, acho que realmente sou mais prática hoje em dia.]
Por esse e outros motivos a música é tão importante pra mim. Uma das minhas maiores fugas, de uma forma complexa e contraditória: ao mesmo tempo em que sinto uma identificação, me deixa melhor. [Deixa pra lá, não conseguirei explicar..]
Acho que na minha eterna busca de mudanças, fugas e liberdade, sendo absurdamente questionadora, acabei me tornando uma pessoa "estranha" na concepção de muitos..

Preciso de um cigarro.

sábado, 13 de dezembro de 2008

Amigos ursos.

É que às vezes me bate uma vontade inexplicável de hibernar.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Ps:

A idéia de que se alguém se desintegrasse, arrancando átomo por átomo com uma pinça, produzindo um montículo de poeira atômica bem fininha, sem sinal de vida, mas constituindo aquela pessoa, é no mínimo sinistra.

Eu, você e os átomos.

Pode parecer fácil estar sentado aí no conforto de sua cadeira lendo isso. Mas suspeito que foi um pouco mais difícil do que você [e qualquer um] imagina.
Pra começar, pra você estar onde está nesse exato momento, milhões, bilhões, trilhões de átomos se reuniram de uma maneira intrigantemente providencial a fim de criá-lo. E essa organização é tão perfeita e particular que nunca foi tentada e existirá somente desta vez.
Nos próximos anos é esperado que essas minúsculas partículas continuem se esforçando jeitosa e cooperativamente para mantê-lo assim, intacto, para que experimente esse estado tão agradável, mas ao qual ninguém dá o devido valor, chamado de existência.
Mas a razão pela qual os átomos se dão esse gigantesco trabalho é um enigma. No nível atômico, ser você provavelmente não é uma experiência lá muito gratificante. Porque apesar dessa atenção toda, seus átomos não dão a mínima pra você. Aliás, nem sequer sabem que você existe. Não sabem nem ao menos que eles próprios existem. Um bando de partículas insensíveis que nem ao menos estão vivas.
No entanto, eles responderão a apenas um impulso durante a sua existência: fazer com que você seja você.
Uma notícia não muito boa é que os átomos são bastante volúveis e o tempo que dedicarão a você é passageiro. Por motivos desconhecidos, seus átomos te desligarão silenciosamente, se separarão e se tornarão outras coisas quaisquer. E você? Já era.
De qualquer jeito, você pode se dar por satisfeito de que isso aconteça. Porque no universo sabemos que, em geral, isso não acontece. Estranhamente, os átomos que tão amigavelmente se reúnem pra formar os seres vivos do nosso planeta se recusam a fazê-lo em outros lugares. A vida, por mais complexa que seja, no nível químico ela é bastante trivial: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, um pouquinho de cálcio, uma pitadinha de enxofre e algumas partículas de elementos facilmente encontráveis na farmácia mais próxima de sua casa e pronto: é tudo o que você precisa. A única coisa especial nos átomos que o constituem é o fato de constituírem você.
Sim, esse é o milagre da vida.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Ana e relacionamentos.

Não gosto. Aliás: abomino.



Andar de mãos dadas, trocar juras de amor eterno, ter de agüentar alguém durante muito tempo, assumir compromissos e esse "mimimi" todo nunca funcionaram comigo. Jamais soube lidar com qualquer tipo de sentimentos alheios. Logo, não lido. Ter de lidar com isso não passa de um episódio a perturbar, inutilmente, a bem-aventurada paz do nada. MEU nada.

Eu só quero a diversão, suor, tremores, desejos, foder cabeças, derreter cérebros, caras derrubadas e simplesmente evaporar quando menos esperam.



Mas não sou qualquer tipo de cafajeste, puta ou sabe-se lá o quê.

É que eu gosto do estrago (: