quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Devaneios.

Um dia desses estava pensando: cresci e emburreci? Talvez.
Ainda tenho mudado bastante, o tempo todo para falar a verdade, porém acho que deixei de acreditar em muitas coisas. A chamada intelectualidade, por exemplo. Ou tornei-me absurdamente arrogante a ponto de achar extremamente difícil encontrar quem possa me ensinar algo realmente valioso, a não ser minhas próprias experiências? Talvez.
Ao menos, todas as minhas mudanças recentes foram devido a experiências, não a leituras. Antigamente era ao contrário. Provavelmente antes eu fosse muito teórica e pouco prática. [Isso quer dizer que sou prática atualmente? Hahah..] Outra possibilidade que eu não posso descartar é a de estar afogada num niilismo há algum tempo. Até que faz sentido, pois parece que o tempo todo tento fugir de algo, fugir da realidade. Geralmente ela é tão bobinha.. "A vida só pode ser vivida inventada", já dizia Lispector. Será? Esse meu escapismo é o hedonismo, total e completo, mascarado por algumas frases, e até ações. Pelo menos tento ser livre, como tento também dizer "não".
Não sou alienada, hoje é quase impossível ser alienado de verdade, informação todos recebem a cada segundo. Analisar é o que poucos sabem [seriam alienados funcionais?]. E eu sei analisar as informações que recebo, ainda sei, acho que sempre saberei. Logo, não consigo me alienar. Mas ainda posso fugir. Tentar, pelo menos. Fugir de tudo, de mim mesma. Dessas sensações superficialmente profundas. [É, acho que realmente sou mais prática hoje em dia.]
Por esse e outros motivos a música é tão importante pra mim. Uma das minhas maiores fugas, de uma forma complexa e contraditória: ao mesmo tempo em que sinto uma identificação, me deixa melhor. [Deixa pra lá, não conseguirei explicar..]
Acho que na minha eterna busca de mudanças, fugas e liberdade, sendo absurdamente questionadora, acabei me tornando uma pessoa "estranha" na concepção de muitos..

Preciso de um cigarro.

3 comentários:

Michelle Câmara. disse...

Devaneios são necessários, assim já dizia Aristóteles - "Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura", adoro esse cara. Se ele tivesse nascido em nosso tempo diria: Loucura na veia! Portanto, enlouqueça e faça loucuras sempre que possível .
Obs: loucuras saudáveis

Daniel Simonian disse...

não sabia que tu tinha blog tbm..
Legal!

wendell penedo disse...

O engraçado é que essa estranheza, pra não te chamar de alien, te faz caminhar pela margem, e por aqui é bom.