segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

O Universo não existe.

Algum dia eu desenvolvo...

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Vontade de ninguém.

Todo dia ela tentava ser ouvida. Tinha um pensamento novo a cada segundo. Escrevia suas teorias, insistia em mostrá-las, mas ninguém lia. Ninguém dava a mínima pra suas idéias. Um dia colocou a primeira roupa que viu no guarda roupa: um vestido que nunca usava, mas era suficientemente confortável para comprar cigarro na padaria mais próxima. Na rua, não havia um homem que deixava de olhá-la. Tudo por causa daquele vestidinho curtinho que mostrava aquelas pernas deliciosas. No dia seguinte encontraram-na morta em seu quarto. Overdose. Proposital.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Barulhos humanos.

Pare para pensar: qual é a verdadeira linguagem universal?
Não soube dizer? Pois eu respondo: é a linguagem corporal.
Não, nada de gestos. Estou falando daqueles barulhos que fazemos, como os espirros, os puns, os arrotos e as tossidas. Além de ser a única linguagem internacional, é também a mais autêntica de todas. Mas desde que éramos crianças aprendemos que é necessário reprimir essas manifestações corporais e que devemos nos sentir envergonhados quando esses ruídos naturais não são controlados. Quando isso ocorre, o clima se torna um mix de tensão, surpresa e é claro: mal-estar. Enquanto isso, aprendemos a nos comunicar com palavras, a linguagem da falsidade, da mentira, da completa dissimulação. Acontece que por mais bem escolhidas e bem articuladas as palavras e frases sejam, jamais chegarão perto da honestidade de uma boa fungada.
É, a hipocrisia nos move e desencorajamos a verdadeira autenticidade. Temos a idéia de que a palavra, que muitas vezes machuca e discrimina, é mais civilizada do que aquele barulhinho incontrolável do estômago, que é igual para todos, independentemente de etnias, classes e religiões. É verdade que alguns desses ruídos são mais audíveis do que outro, e podem se diferenciar na duração e entonação. Mas as diferenciações são completamente aleatórias. Além disso, não há registros de um arroto mais correto gramaticalmente do que outro. Ou de uma tosse com sotaque.
Oras, por que você acha que existe tanta discórdia mundo afora?
Não soube dizer? Pois eu respondo: graças à apoteose da palavra.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Força motriz mundial.

Diversas teorias já foram criadas para tentar explicar essa "dominação" do planeta pelo homem, ao passo que outros animais são capazes somente de construir uma casinha e levar fêmeas para a cama. Muitos dizem que a barata é mais resistente que o homem, e o cavalo é até mais bonito, mas quando ouvimos falar em uma fuga em massa de cavalos ou alguma liga de aço feita por alguma barata?
E tudo isso se deve ao simples fato de alguma linhagem bastante particular de macacos ter acabado desenvolvendo um dedão opositor, não se sabe muito ao certo por qual motivo. Pode escolher entre Lamarck, Darwin ou o bêbado da esquina, porque esse motivo é completamente indiferente no momento. O que interessa é que essa criatura utilizou seus dedões opositores pra segurar uma pedra e descascar uma banana. [E cá entre nós, essas são as condições mais primordias possíveis para se dominar o planeta.] Mas de nada adiantaria todas as façanhas com os polegares se não tivessem como contar para alguém mais tarde, não é? Nasce a linguagem, dela vêm as mentiras e pronto: o homem estava feito.
Mas creio que a necessidade não é o que move a humanidade. Há quem diga por aí que o que move as pessoas é a vontade de superação, de ser o melhor possível. Bah, papinho de workaholic-romântico-sonhador. A nossa verdadeira força motriz é a preguiça. Oras, esse dedão nasceu pela preguiça de não termos de usar somente uns dentes e algumas garras pra nos alimentarmos. Inventamos uma linguagem porque ninguém mais agüentava tentar decifrar grunhidos, pulos e mímicas. A roda foi uma invenção pensando numa futura carroça, para o homem não gastar suas preciosas adenosinas trifosfato andando e/ou correndo por aí.
O gostinho pela agressividade foi um puta avanço tecnológico, já que as armas foram inventadas e aperfeiçoadas para conseguirmos matar uns aos outros com o mínimo de esforço possível. Os mísseis com incontáveis ogivas nucleares exemplificam a mais pura preguiça combinada com um instinto psicótico: usando somente um dedão [sim, AQUELE dedão] aperta-se um botão e pronto: lá se vai um país inteiro.
Rádio, telefone, televisão e internet servem para entregar mensagens sem sair do conforto de uma poltrona. A química moderna veio da alquimia, tentativa de obtenção de ouro sem ter que procurá-lo. O que falar da escada rolante, do gps e do controle remoto?!
Até a arte exemplifica a preguiça. Ou você acha que a maior realização da arte na opinião da grande maioria, a Capela Sistina, foi pintada por Michelangelo deitado por mero acaso?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Shanah tova, né!

É. Cá estamos nós: em 2009.
O que dizer sobre o ano que passou e sobre o que acabou de começar...?
2008 foi um ano paradoxal pra mim, simplesmente por ter sido o melhor e o pior da minha vida até hoje. Um ano cheio de "muito's", por assim dizer.
Muito stress, muito vestibular, muita briga, muita decepção, muito pensamento, muita instrospecção, muita conversa, muita discussão, muito abraço, muito sexo, muito café, muito cigarro, muito bar, muito truco, etc, etc, etc. e algumas pessoas que descobri serem extremamente interessantes. Poucas, mas suficientes.
É, acho que o saldo do ano passado foi positivo...
E 2009?
Bem, esse ano começou com direito a muita champagne, cerveja e Michelle. Em contrapartida, ouvi Coldplay tocando Killers. Coldplay já é detestável, e ainda faz um cover de uma música que eu realmente gosto.. Aí é sacanagem, né.
De qualquer modo, estabeleci umas metas pra esse ano: passar na Unifesp, conseguir completar os 10km Tribuna Fm [mais difícil do que a Unifesp, hahah] e havia outra, mas levo esses objetivos tão a sério que esqueci (:


Bah, essas coisas de "ano-novo" me deixam bastante apreensiva.
Enfim, veremos no que dá.