Detritos diários entorpecem a mente, não acha?
PS.: Adoro água com gás, adoro.
domingo, 15 de março de 2009
quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
Eu, você e o universo.
Já foi dito em algum post por aqui a "conspiração benéfica" feita pelos átomos que acabaram constituindo você e tudo mais ao redor. Agora é a hora de adicionar outros elementos no meio dessa panelinha toda.
É fato: para permanecer na Terra por bilhões de anos é necessário que você seja tão volúvel quanto esses átomos que te constituem. Você precisa estar sempre preparado para mudanças radicais. Modificar seu tamanho, forma, espécie, cor, qualquer coisa. É fácil falar, fazer é outra coisa... todos esses processos são completamente aleatórios, mas veja só: você conseguiu. Deixar de ser um globulozinho atômico primordial e se tornar esse ser humano moderno, ereto, com dedões opositores e um telencéfalo desenvolvido foi foda, eu admito. Você passou por diversas mutações e criou novos traços por períodos beeem longos. Pois é, já abominamos o oxigênio e mais tarde não conseguimos viver sem ele. Desenvolvemos barbatanas, botamos ovos, fomos bastante peludos, vivemos sob a terra, em árvores, já fomos grandes como um cavalo e pequenos como um rato.. e por aí vai. O que quero dizer é que se você desviasse um pouquinho de todas essas mutações evolucionárias agora poderia estar lambendo paredes de cavernas ou se deliciando com vermes suculentos.Além dessa sorte de acompanhar todas essas mudanças, você foi (milagrosamente) afortunado em relação à sua ancestralidade pessoal. Imagine só: por bilhões de anos seus ancestrais foram atraentes o suficiente para encontrar um parceiro, saudáveis para a reprodução e viveram o tempo necessário para tudo isso. Nenhum deles foi devorado, afogado, esmagado, aprisionado ou desviado de algum modo dessa missão de fornecer uma minúscula carga de material genético no momento certo, ao parceiro certo, perpetuando assim a única seqüência de combinação hereditária capaz de resultar em... você.
Percorremos um longo e tortuoso caminho para chegar onde estamos, enfrentamos perigos inimagináveis. Logo, o pior já passou.. Não é?
NÃO?!
É, apesar disso tudo o ser humano adora ser dramático. Ouvimos diariamente "ai, minha vida é tão difícil..", "ai, devo ultrapassar taaantos obstáculos..", "ai, como eu sofro.."
Ah, vá se foder.
Acho que esse pseudo complexo de Perseu já veio embutido no DNA, mesmo.
O foda é que nem sempre tem uma Atenas pra salvar tua pele.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
segunda-feira, 19 de janeiro de 2009
Vontade de ninguém.
Todo dia ela tentava ser ouvida. Tinha um pensamento novo a cada segundo. Escrevia suas teorias, insistia em mostrá-las, mas ninguém lia. Ninguém dava a mínima pra suas idéias. Um dia colocou a primeira roupa que viu no guarda roupa: um vestido que nunca usava, mas era suficientemente confortável para comprar cigarro na padaria mais próxima. Na rua, não havia um homem que deixava de olhá-la. Tudo por causa daquele vestidinho curtinho que mostrava aquelas pernas deliciosas. No dia seguinte encontraram-na morta em seu quarto. Overdose. Proposital.
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
Barulhos humanos.
Pare para pensar: qual é a verdadeira linguagem universal?
Não soube dizer? Pois eu respondo: é a linguagem corporal.
Não, nada de gestos. Estou falando daqueles barulhos que fazemos, como os espirros, os puns, os arrotos e as tossidas. Além de ser a única linguagem internacional, é também a mais autêntica de todas. Mas desde que éramos crianças aprendemos que é necessário reprimir essas manifestações corporais e que devemos nos sentir envergonhados quando esses ruídos naturais não são controlados. Quando isso ocorre, o clima se torna um mix de tensão, surpresa e é claro: mal-estar. Enquanto isso, aprendemos a nos comunicar com palavras, a linguagem da falsidade, da mentira, da completa dissimulação. Acontece que por mais bem escolhidas e bem articuladas as palavras e frases sejam, jamais chegarão perto da honestidade de uma boa fungada.
É, a hipocrisia nos move e desencorajamos a verdadeira autenticidade. Temos a idéia de que a palavra, que muitas vezes machuca e discrimina, é mais civilizada do que aquele barulhinho incontrolável do estômago, que é igual para todos, independentemente de etnias, classes e religiões. É verdade que alguns desses ruídos são mais audíveis do que outro, e podem se diferenciar na duração e entonação. Mas as diferenciações são completamente aleatórias. Além disso, não há registros de um arroto mais correto gramaticalmente do que outro. Ou de uma tosse com sotaque.
Oras, por que você acha que existe tanta discórdia mundo afora?
Não soube dizer? Pois eu respondo: graças à apoteose da palavra.
Não soube dizer? Pois eu respondo: é a linguagem corporal.
Não, nada de gestos. Estou falando daqueles barulhos que fazemos, como os espirros, os puns, os arrotos e as tossidas. Além de ser a única linguagem internacional, é também a mais autêntica de todas. Mas desde que éramos crianças aprendemos que é necessário reprimir essas manifestações corporais e que devemos nos sentir envergonhados quando esses ruídos naturais não são controlados. Quando isso ocorre, o clima se torna um mix de tensão, surpresa e é claro: mal-estar. Enquanto isso, aprendemos a nos comunicar com palavras, a linguagem da falsidade, da mentira, da completa dissimulação. Acontece que por mais bem escolhidas e bem articuladas as palavras e frases sejam, jamais chegarão perto da honestidade de uma boa fungada.
É, a hipocrisia nos move e desencorajamos a verdadeira autenticidade. Temos a idéia de que a palavra, que muitas vezes machuca e discrimina, é mais civilizada do que aquele barulhinho incontrolável do estômago, que é igual para todos, independentemente de etnias, classes e religiões. É verdade que alguns desses ruídos são mais audíveis do que outro, e podem se diferenciar na duração e entonação. Mas as diferenciações são completamente aleatórias. Além disso, não há registros de um arroto mais correto gramaticalmente do que outro. Ou de uma tosse com sotaque.
Oras, por que você acha que existe tanta discórdia mundo afora?
Não soube dizer? Pois eu respondo: graças à apoteose da palavra.
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Força motriz mundial.
Diversas teorias já foram criadas para tentar explicar essa "dominação" do planeta pelo homem, ao passo que outros animais são capazes somente de construir uma casinha e levar fêmeas para a cama. Muitos dizem que a barata é mais resistente que o homem, e o cavalo é até mais bonito, mas quando ouvimos falar em uma fuga em massa de cavalos ou alguma liga de aço feita por alguma barata?
E tudo isso se deve ao simples fato de alguma linhagem bastante particular de macacos ter acabado desenvolvendo um dedão opositor, não se sabe muito ao certo por qual motivo. Pode escolher entre Lamarck, Darwin ou o bêbado da esquina, porque esse motivo é completamente indiferente no momento. O que interessa é que essa criatura utilizou seus dedões opositores pra segurar uma pedra e descascar uma banana. [E cá entre nós, essas são as condições mais primordias possíveis para se dominar o planeta.] Mas de nada adiantaria todas as façanhas com os polegares se não tivessem como contar para alguém mais tarde, não é? Nasce a linguagem, dela vêm as mentiras e pronto: o homem estava feito.
Mas creio que a necessidade não é o que move a humanidade. Há quem diga por aí que o que move as pessoas é a vontade de superação, de ser o melhor possível. Bah, papinho de workaholic-romântico-sonhador. A nossa verdadeira força motriz é a preguiça. Oras, esse dedão nasceu pela preguiça de não termos de usar somente uns dentes e algumas garras pra nos alimentarmos. Inventamos uma linguagem porque ninguém mais agüentava tentar decifrar grunhidos, pulos e mímicas. A roda foi uma invenção pensando numa futura carroça, para o homem não gastar suas preciosas adenosinas trifosfato andando e/ou correndo por aí.
O gostinho pela agressividade foi um puta avanço tecnológico, já que as armas foram inventadas e aperfeiçoadas para conseguirmos matar uns aos outros com o mínimo de esforço possível. Os mísseis com incontáveis ogivas nucleares exemplificam a mais pura preguiça combinada com um instinto psicótico: usando somente um dedão [sim, AQUELE dedão] aperta-se um botão e pronto: lá se vai um país inteiro.
Rádio, telefone, televisão e internet servem para entregar mensagens sem sair do conforto de uma poltrona. A química moderna veio da alquimia, tentativa de obtenção de ouro sem ter que procurá-lo. O que falar da escada rolante, do gps e do controle remoto?!
Até a arte exemplifica a preguiça. Ou você acha que a maior realização da arte na opinião da grande maioria, a Capela Sistina, foi pintada por Michelangelo deitado por mero acaso?
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Shanah tova, né!
É. Cá estamos nós: em 2009.
O que dizer sobre o ano que passou e sobre o que acabou de começar...?
2008 foi um ano paradoxal pra mim, simplesmente por ter sido o melhor e o pior da minha vida até hoje. Um ano cheio de "muito's", por assim dizer.
Muito stress, muito vestibular, muita briga, muita decepção, muito pensamento, muita instrospecção, muita conversa, muita discussão, muito abraço, muito sexo, muito café, muito cigarro, muito bar, muito truco, etc, etc, etc. e algumas pessoas que descobri serem extremamente interessantes. Poucas, mas suficientes.
É, acho que o saldo do ano passado foi positivo...
E 2009?
Bem, esse ano começou com direito a muita champagne, cerveja e Michelle. Em contrapartida, ouvi Coldplay tocando Killers. Coldplay já é detestável, e ainda faz um cover de uma música que eu realmente gosto.. Aí é sacanagem, né.
De qualquer modo, estabeleci umas metas pra esse ano: passar na Unifesp, conseguir completar os 10km Tribuna Fm [mais difícil do que a Unifesp, hahah] e havia outra, mas levo esses objetivos tão a sério que esqueci (:
Bah, essas coisas de "ano-novo" me deixam bastante apreensiva.
Enfim, veremos no que dá.
O que dizer sobre o ano que passou e sobre o que acabou de começar...?
2008 foi um ano paradoxal pra mim, simplesmente por ter sido o melhor e o pior da minha vida até hoje. Um ano cheio de "muito's", por assim dizer.
Muito stress, muito vestibular, muita briga, muita decepção, muito pensamento, muita instrospecção, muita conversa, muita discussão, muito abraço, muito sexo, muito café, muito cigarro, muito bar, muito truco, etc, etc, etc. e algumas pessoas que descobri serem extremamente interessantes. Poucas, mas suficientes.
É, acho que o saldo do ano passado foi positivo...
E 2009?
Bem, esse ano começou com direito a muita champagne, cerveja e Michelle. Em contrapartida, ouvi Coldplay tocando Killers. Coldplay já é detestável, e ainda faz um cover de uma música que eu realmente gosto.. Aí é sacanagem, né.
De qualquer modo, estabeleci umas metas pra esse ano: passar na Unifesp, conseguir completar os 10km Tribuna Fm [mais difícil do que a Unifesp, hahah] e havia outra, mas levo esses objetivos tão a sério que esqueci (:
Bah, essas coisas de "ano-novo" me deixam bastante apreensiva.
Enfim, veremos no que dá.
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
Bilhete íntimo.
"Seria a vida controlada pelo destino ou é simplesmente uma série de eventos aleatórios?"
Acordei com essa dúvida.
sábado, 20 de dezembro de 2008
Espaço-tempo.
Se não me engano foi o Einstein quem disse que essa distinção entre passado, presente e futuro é só uma ilusão persistente..
É interessante pensar nisso. Na idéia de que não existe um passado, saindo do princípio de que tudo é um hoje, o presente. Como se o espaço do tempo fosse dividido somente em presente e futuro. "Futuro" seria o que você ainda não vivenciou, enquanto que o "presente" seria uma fusão do presente e do passado.
Por exemplo: se você deixar um maço de cigarros em cima de uma mesa e for dormir, amanhã ele ainda estará em cima dessa mesa. Caso não durma, verá o maço continuar a ficar em cima da mesa.
É interessante pensar nisso. Na idéia de que não existe um passado, saindo do princípio de que tudo é um hoje, o presente. Como se o espaço do tempo fosse dividido somente em presente e futuro. "Futuro" seria o que você ainda não vivenciou, enquanto que o "presente" seria uma fusão do presente e do passado.
Por exemplo: se você deixar um maço de cigarros em cima de uma mesa e for dormir, amanhã ele ainda estará em cima dessa mesa. Caso não durma, verá o maço continuar a ficar em cima da mesa.
Faz sentido, vai (:
quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Devaneios.
Um dia desses estava pensando: cresci e emburreci? Talvez.
Ainda tenho mudado bastante, o tempo todo para falar a verdade, porém acho que deixei de acreditar em muitas coisas. A chamada intelectualidade, por exemplo. Ou tornei-me absurdamente arrogante a ponto de achar extremamente difícil encontrar quem possa me ensinar algo realmente valioso, a não ser minhas próprias experiências? Talvez.
Ao menos, todas as minhas mudanças recentes foram devido a experiências, não a leituras. Antigamente era ao contrário. Provavelmente antes eu fosse muito teórica e pouco prática. [Isso quer dizer que sou prática atualmente? Hahah..] Outra possibilidade que eu não posso descartar é a de estar afogada num niilismo há algum tempo. Até que faz sentido, pois parece que o tempo todo tento fugir de algo, fugir da realidade. Geralmente ela é tão bobinha.. "A vida só pode ser vivida inventada", já dizia Lispector. Será? Esse meu escapismo é o hedonismo, total e completo, mascarado por algumas frases, e até ações. Pelo menos tento ser livre, como tento também dizer "não".
Não sou alienada, hoje é quase impossível ser alienado de verdade, informação todos recebem a cada segundo. Analisar é o que poucos sabem [seriam alienados funcionais?]. E eu sei analisar as informações que recebo, ainda sei, acho que sempre saberei. Logo, não consigo me alienar. Mas ainda posso fugir. Tentar, pelo menos. Fugir de tudo, de mim mesma. Dessas sensações superficialmente profundas. [É, acho que realmente sou mais prática hoje em dia.]
Por esse e outros motivos a música é tão importante pra mim. Uma das minhas maiores fugas, de uma forma complexa e contraditória: ao mesmo tempo em que sinto uma identificação, me deixa melhor. [Deixa pra lá, não conseguirei explicar..]
Acho que na minha eterna busca de mudanças, fugas e liberdade, sendo absurdamente questionadora, acabei me tornando uma pessoa "estranha" na concepção de muitos..
Ainda tenho mudado bastante, o tempo todo para falar a verdade, porém acho que deixei de acreditar em muitas coisas. A chamada intelectualidade, por exemplo. Ou tornei-me absurdamente arrogante a ponto de achar extremamente difícil encontrar quem possa me ensinar algo realmente valioso, a não ser minhas próprias experiências? Talvez.
Ao menos, todas as minhas mudanças recentes foram devido a experiências, não a leituras. Antigamente era ao contrário. Provavelmente antes eu fosse muito teórica e pouco prática. [Isso quer dizer que sou prática atualmente? Hahah..] Outra possibilidade que eu não posso descartar é a de estar afogada num niilismo há algum tempo. Até que faz sentido, pois parece que o tempo todo tento fugir de algo, fugir da realidade. Geralmente ela é tão bobinha.. "A vida só pode ser vivida inventada", já dizia Lispector. Será? Esse meu escapismo é o hedonismo, total e completo, mascarado por algumas frases, e até ações. Pelo menos tento ser livre, como tento também dizer "não".
Não sou alienada, hoje é quase impossível ser alienado de verdade, informação todos recebem a cada segundo. Analisar é o que poucos sabem [seriam alienados funcionais?]. E eu sei analisar as informações que recebo, ainda sei, acho que sempre saberei. Logo, não consigo me alienar. Mas ainda posso fugir. Tentar, pelo menos. Fugir de tudo, de mim mesma. Dessas sensações superficialmente profundas. [É, acho que realmente sou mais prática hoje em dia.]
Por esse e outros motivos a música é tão importante pra mim. Uma das minhas maiores fugas, de uma forma complexa e contraditória: ao mesmo tempo em que sinto uma identificação, me deixa melhor. [Deixa pra lá, não conseguirei explicar..]
Acho que na minha eterna busca de mudanças, fugas e liberdade, sendo absurdamente questionadora, acabei me tornando uma pessoa "estranha" na concepção de muitos..
Preciso de um cigarro.
sábado, 13 de dezembro de 2008
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
Ps:
A idéia de que se alguém se desintegrasse, arrancando átomo por átomo com uma pinça, produzindo um montículo de poeira atômica bem fininha, sem sinal de vida, mas constituindo aquela pessoa, é no mínimo sinistra.
Eu, você e os átomos.
Pode parecer fácil estar sentado aí no conforto de sua cadeira lendo isso. Mas suspeito que foi um pouco mais difícil do que você [e qualquer um] imagina.
Pra começar, pra você estar onde está nesse exato momento, milhões, bilhões, trilhões de átomos se reuniram de uma maneira intrigantemente providencial a fim de criá-lo. E essa organização é tão perfeita e particular que nunca foi tentada e existirá somente desta vez.
Nos próximos anos é esperado que essas minúsculas partículas continuem se esforçando jeitosa e cooperativamente para mantê-lo assim, intacto, para que experimente esse estado tão agradável, mas ao qual ninguém dá o devido valor, chamado de existência.
Mas a razão pela qual os átomos se dão esse gigantesco trabalho é um enigma. No nível atômico, ser você provavelmente não é uma experiência lá muito gratificante. Porque apesar dessa atenção toda, seus átomos não dão a mínima pra você. Aliás, nem sequer sabem que você existe. Não sabem nem ao menos que eles próprios existem. Um bando de partículas insensíveis que nem ao menos estão vivas.
No entanto, eles responderão a apenas um impulso durante a sua existência: fazer com que você seja você.
Uma notícia não muito boa é que os átomos são bastante volúveis e o tempo que dedicarão a você é passageiro. Por motivos desconhecidos, seus átomos te desligarão silenciosamente, se separarão e se tornarão outras coisas quaisquer. E você? Já era.
De qualquer jeito, você pode se dar por satisfeito de que isso aconteça. Porque no universo sabemos que, em geral, isso não acontece. Estranhamente, os átomos que tão amigavelmente se reúnem pra formar os seres vivos do nosso planeta se recusam a fazê-lo em outros lugares. A vida, por mais complexa que seja, no nível químico ela é bastante trivial: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, um pouquinho de cálcio, uma pitadinha de enxofre e algumas partículas de elementos facilmente encontráveis na farmácia mais próxima de sua casa e pronto: é tudo o que você precisa. A única coisa especial nos átomos que o constituem é o fato de constituírem você.
Sim, esse é o milagre da vida.
Pra começar, pra você estar onde está nesse exato momento, milhões, bilhões, trilhões de átomos se reuniram de uma maneira intrigantemente providencial a fim de criá-lo. E essa organização é tão perfeita e particular que nunca foi tentada e existirá somente desta vez.
Nos próximos anos é esperado que essas minúsculas partículas continuem se esforçando jeitosa e cooperativamente para mantê-lo assim, intacto, para que experimente esse estado tão agradável, mas ao qual ninguém dá o devido valor, chamado de existência.
Mas a razão pela qual os átomos se dão esse gigantesco trabalho é um enigma. No nível atômico, ser você provavelmente não é uma experiência lá muito gratificante. Porque apesar dessa atenção toda, seus átomos não dão a mínima pra você. Aliás, nem sequer sabem que você existe. Não sabem nem ao menos que eles próprios existem. Um bando de partículas insensíveis que nem ao menos estão vivas.
No entanto, eles responderão a apenas um impulso durante a sua existência: fazer com que você seja você.
Uma notícia não muito boa é que os átomos são bastante volúveis e o tempo que dedicarão a você é passageiro. Por motivos desconhecidos, seus átomos te desligarão silenciosamente, se separarão e se tornarão outras coisas quaisquer. E você? Já era.
De qualquer jeito, você pode se dar por satisfeito de que isso aconteça. Porque no universo sabemos que, em geral, isso não acontece. Estranhamente, os átomos que tão amigavelmente se reúnem pra formar os seres vivos do nosso planeta se recusam a fazê-lo em outros lugares. A vida, por mais complexa que seja, no nível químico ela é bastante trivial: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, um pouquinho de cálcio, uma pitadinha de enxofre e algumas partículas de elementos facilmente encontráveis na farmácia mais próxima de sua casa e pronto: é tudo o que você precisa. A única coisa especial nos átomos que o constituem é o fato de constituírem você.
Sim, esse é o milagre da vida.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Ana e relacionamentos.
Não gosto. Aliás: abomino.
Andar de mãos dadas, trocar juras de amor eterno, ter de agüentar alguém durante muito tempo, assumir compromissos e esse "mimimi" todo nunca funcionaram comigo. Jamais soube lidar com qualquer tipo de sentimentos alheios. Logo, não lido. Ter de lidar com isso não passa de um episódio a perturbar, inutilmente, a bem-aventurada paz do nada. MEU nada.
Eu só quero a diversão, suor, tremores, desejos, foder cabeças, derreter cérebros, caras derrubadas e simplesmente evaporar quando menos esperam.
Mas não sou qualquer tipo de cafajeste, puta ou sabe-se lá o quê.
É que eu gosto do estrago (:
Andar de mãos dadas, trocar juras de amor eterno, ter de agüentar alguém durante muito tempo, assumir compromissos e esse "mimimi" todo nunca funcionaram comigo. Jamais soube lidar com qualquer tipo de sentimentos alheios. Logo, não lido. Ter de lidar com isso não passa de um episódio a perturbar, inutilmente, a bem-aventurada paz do nada. MEU nada.
Eu só quero a diversão, suor, tremores, desejos, foder cabeças, derreter cérebros, caras derrubadas e simplesmente evaporar quando menos esperam.
Mas não sou qualquer tipo de cafajeste, puta ou sabe-se lá o quê.
É que eu gosto do estrago (:
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